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quarta-feira, 24 de julho de 2013

[livro] Percy Jackson e os Olimpianos - O Ladrão de Raios (+ breve comentário sobre o filme)

Pois é, gente, hoje vim falar sobre o primeiro livro da saga Percy Jackson :) 
Vamos à sinopse:
 "Percy Jackson está para ser expulso do colégio interno... De novo. É a sexta vez que isso acontece. Aos doze anos, esta é apenas uma das ameaças que pairam sobre esse garoto, além dos efeitos do transtorno do déficit de atenção, da dislexia... E das criaturas fantásticas e deuses do Monte Olimpo que, ultimamente, parecem estar saindo dos livros de mitologia grega do colégio para a realidade. E, ao que tudo indica, estão aborrecidos com ele. 
Vários acidentes e revelações inexplicáveis afastam Percy de Nova York, sua cidade, e o lançam em um campo de treinamento muito especial, onde é orientado para enfrentar uma missão que envolve humanos diferentes - metade deuses, metade homens - além de seres mitológicos. O raio-mestre de Zeus fora roubado, e é Percy quem deve resgatá-lo. 
Com a ajuda de amigos, Percy tem poucos dias para reaver o instrumento de Zeus, que represente a destruição original, e restabelecer a paz no Olimpo. Para conseguir isso, terá que fazer mais do que capturar um ladrão. Terá de encarar o pai que o abandonou, resolver um enigma proposto pelo oráculo e desvendar uma traição mais ameaçadora que a fúria dos deuses."

 Vou começar sendo MUITO sincera com vocês: logo de cara rolou um certo preconceitinho da mina parte. Shame on me, eu sei... Mas o caso é que eu ganhei o livro de uma amiga da faculdade (que já tinha lido e amou tanto que comprou o box e ficou com o primeiro que comprou avulso sobrando) e,
assim que abri o dito cujo e li a primeira página, entrei numa de que o livro era bobo, que era pra criança, que ia ser uma leitura penosa... Afinal, o primeiro capítulo - chamado "Sem querer transformo em pó minha professora de iniciação à Álgebra" (cá entre nós, não é lá o título mais instigante do mundo) - começa com um menino de 12 anos dizendo que se você, leitor, está lendo esse livro porque acha que pode ser um meio-sangue, é melhor fechá-lo, porque ser um meio sangue é assustador, é perigoso e blablabla... Enfim, achei q pudesse ser bobo mesmo... Acabei deixando ele encostado por vários dias, criando coragem pra pegar de novo... Mas achei que eu devia me "forçar" a ler já que tinha sido presente e tal, pra pelo menos dar um feedback pra minha amiga, porque é chato quando a pessoa te dá um livro que ela mesma adorou e você nem ao menos se dá ao trabalho de conhecer pra depois criticar, que seja, né? Pois bem... Fiz um esforcinho inicial e segui a leitura. E quer saber de uma coisa? Passado o segundo capítulo, eu já fui começando a me interessar... Na metade do livro, já estava curtindo bastante! Gostei de ler. Mesmo. apesar de ser um infantojuvenil de fato, acho que pode agradar leitores de diversas faixas etárias q leiam de coração aberto.

Outra coisa que eu devo dizer é que quem gostou de Harry Potter, provavelmente vai gostar de Percy Jackson. Porque segue o mesmo estilo e, sendo bem franca, tem vários aspectos que lembram muuuito HP. Tipo o fato de que a história gira em torno das aventuras de 3 crianças, sendo dois meninos e uma menina. Tipo o fato de o menino secundário ser "o desastrado" (Rony), a menina ser "a inteligente" (Hermione) e o menino principal ser, de certa forma, "o escolhido"... Tem também um certo personagem que me faz lembrar do Dumbledore... [SPOILER leve] Quíron, que escuta uma profecia envolvendo Percy Jackson e acaba se tornando uma espécie de mentor, sempre por perto para proteger e tal... E, ainda, o fato de ser dada a Percy a opção de passar o verão no acampamento meio-sangue ou em casa. [/SPOILER leve] E tem, ainda, aquela "frescurinha" de não mencionar os nomes dos deuses, que me lembra um pouco a coisa do Voldemort ser "você-sabe-quem" ou "aquele-que-não-deve-ser-nomeado", enfim... Tem várias dessas coisinhas que remetem e me arrisco a dizer que Rick Ryordan provavelmente se inspirou nas ideias da J.K. Rowlling. A saga Percy Jackson seria uma releitura de um Harry Potter modificado e "menos complexo". Não, não dá pra comparar. São diferentes. Mas que tem ali um fundinho de "inspiração", ah, isso tem!

Apesar de ser um livro grossinho, é uma leitura rápida e que flui bem. O tamanho do livro engana, porque se você for ver, a letra é bem grande e espaçamento duplo (infanto-juvenil mesmo, viram? Pra moçada que tá começando a se aventurar com livros maiores ir se acostumando). E, no fim das contas, meus preconceitinhos iniciais caíram por terra. Depois de um certo momento da história, você já começa a ficar preso naquela de querer saber o que acontece em seguida... É um livro bem gostoso de ler, e bem divertido. Diria que é um bom entretenimento e, de quebra, ainda tem a parte de mitogia que é bem legal, tanto pra quem já conhece e já gosta, quanto pra quem ainda é mais jovenzito e vai se "instruir" ao longo do livro e, quem sabe, despertar um interesse pelo tema... :)

Fora isso, achei super simpático ter sido incluído, no final, o primeiro capítulo do livro seguinte pra atiçar os leitores que não compraram o box...

Agora, em relação ao filme, é o seguinte: eles pegaram os personagens do livro e criaram uma história praticamente toda nova. Tem MUITA coisa diferente, muita mesmo. E não é dizer "aah, masJogos Vorazes, só que pior, porque mudaram mais coisa ainda. 
baseado não significa que tenha que ser igual...". Não, eu sei, mas não é disso que eu to falando. Não é uma adaptaçãozinha aqui e outra ali. São diferenças gritantes mesmo. Mudaram, inclusive, a faixa etária (de 12 pra 16) e o aspecto físico de alguns personagens... Tipo, gente que devia ter o cabelo loiro e encaracolado ser morena de cabelo liso. Sei que parece bobagem, mas sei lá... Será que não tinha como tentar se manter mais de acordo com as descrições do livro?? E com todas as mudanças feitas, achei que o filme acabou ficando bobinho... Parece que tiraram justamente as partes que tornavam o livro interessante, não sei... Não gostei muito não, viu? Foi mais ou menos a sensação que eu tive com o filme de Jogos Vorazes. Uma pena, porque dirigido pelo Chris Columbus (que dirigiu os 2 primeiros de Harry Potter), tinha potencial pra sair coisa bem melhor dali... Vamos esperar pra que os próximos não sejam tão desvirtuados assim... 

Então pra fechar, fica a opinião de que é um livrinho bem bom, e acho que é até uma boa sugestão de leitura pras férias :)

terça-feira, 16 de julho de 2013

Preconceitos Literários ² - "Qual é seu livro favorito?" + "Amor e ódio aos Best-sellers"

Gentche! 

Nem de propósito: Pouco depois de eu ter postado a minha crítica aos preconceitos literários, alguém compartilhou no meu facebook um link pra esse texto maravilhoso do Danilo Venticinque pra revista Época, que vai mais ou menos na mesma direção... Ele comenta sobre essa timidez que as pessoas tem em revelar seus verdadeiros favoritos por medo de serem julgadas por aqueles que acham os best-sellers uma leitura pouco nobre... Destaquei uns trechos aqui pra vocês:
"Há algumas semanas, uma amiga minha confessou que tinha dois livros favoritos: um sincero e um para impressionar. Se alguém da turma que odeia best-sellers pergunta sobre suas preferências literárias, ela diz que seu preferido é O conto da ilha desconhecida, de José Saramago. Para os amigos, ela assume a verdade. Por mais que goste da obra de Saramago, nada supera sua paixão por Harry Potter.
[...]
Por que temos vergonha de revelar nossos verdadeiros favoritos? As críticas recorrentes aos best-sellers e aos seus fãs, como se fossem inferiores aos leitores de obras literárias mais profundas, ajudam a inibir nossa sinceridade. Há também uma pressão social para que os leitores sejam um pouco esnobes. A leitura de livros ainda é vista como uma atividade erudita, e admitir ser fã de Dan Brown ou de Paulo Coelho é colocar esse status em xeque. Quanto aos fãs de livros juvenis, são vítimas da crença injusta de que essas obras são destinadas apenas a crianças e adolescentes. O adulto que assume que Harry Potter é seu livro favorito corre o risco de ser visto como um leitor que esqueceu de amadurecer, e não como alguém que, depois de desbravar clássicos da literatura e se apaixonar por eles, continua a preferir histórias de magia.  
O verdadeiro amadurecimento do leitor não está em abandonar os livros mais leves e trocá-los por obras mais complexas. Essa é uma escolha que cada um faz no seu tempo, por uma questão de gosto e, às vezes, necessidade. Amadurecer como leitor é outra coisa. É entender suas preferências, não ter vergonha de assumi-las e construir um caminho de leituras com base nelas. [...]
  E nesta página, encontrei o link para um outro texto do Danilo fazendo, em linhas gerais, a mesma crítica que eu fiz por aqui em relação a quem julga os leitores de best-sellers.

Os dois links valem o click, viu? Sério, recomendo fortemente que vocês leiam esses dois textos do D. Venticinque pra ler a íntegra, vale super a pena!

sábado, 13 de julho de 2013

[filme] Truque de Mestre / Now you see me

Aproveitei um tempinho de folga sem faculdade durante a semana pra ir ao cinema assistir "Truque de Mestre" com o boy. Ele gostou bastante do filme, sem ressalvas. Eu gostei também, mas tenho meus poréns... Sem mais delongas, vamos à uma sinopse:

Em "Truque de Mestre", um esquadrão de elite do FBI - contando com a ajuda de uma agente da Inerpol e um veterano desmistificador de mágicos - se engaja em um jogo de gato e rato contra "Os Quatro Cavaleiros", uma super-equipe formada por grandes ilusionistas que, durante suas performances, promovem uma série de assaltos ousados ​​contra líderes empresariais corruptos, distribuindo os lucros roubados para a plateia, enquanto permanecem um passo à frente da lei.


O elenco, na minha opinião, foi super bem selecionado e conta com a presença de:

 Mark Ruffalo (o agente do FBI)
 Mélanie Laurent (a recruta da Interpol)
Morgan Freeman (o desmistificador)
Michael Caine (o financiador)
Jesse Eisenberg (o "showman")
 Woody Harrelson (o mentalista)
Isla Fisher (a escapista)
Dave Franco (o prestidigitador)

entre outros.

O que eu achei: é um típico filme de ação americano (roubos, perseguições, FBI, etc), com uma pitada de mágica que, de fato, traz um charme especial. Além disso, ao longo do filme ocorrem algumas reviravoltas bem surpreendentes que, pra mim, foram o ponto alto. Mas, pra mim, foi basicamente entretenimento mesmo. Nada que tenha mudado a minha vida depois de assistir.
Porém, na verdade, o meu maior problema com o filme foi o "argumento" final, ou a justificativa pra toda a trama... Vou ser bem sincera: não colou... Não sei se tiveram que encolher pra caber nos 115 minutos ou se o objetivo era esse mesmo, mas achei que o final, apesar de ser bastante imprevisível, ficou meio "jogado", sabe? Enfim... Mas isso não quer dizer que não tenha valido o preço do ingresso. Até porque, se você estiver na dúvida entre ver no cinema e esperar sair na locadora, te sugiro que opte pela telona, porque acredito que, provavelmente, o impacto causado pelos truques de mágica seja proporcional ao tamanho da tela.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Preconceitos literários




Já faz um tempinho, a Tati Feltrin lançou uma polêmica através do blog e do canal no YouTube: Os preconceitos literarios. Na verdade ela questionou a ideia (sugerida por alguém num video de outro canal) de que é preciso ter "cacife" pra falar de literatura - ou certos tipos de literatura (no caso, em questão, a pessoa se referia especificamente ao "Ficando loge do fato de já estar meio que longe de tudo"). Eu gostaria de ter assistido o video original, mas como a pessoa não autorizou a divulgação, a Tati acabou nao mencionando quem foi a autora de tal pérola... Enfim. A questão do cacife ja foi largamente (e brilhantemente) discutida pela própria tatiana aqui e por varias outras pessoas. Vocês podem, inclusive, dar uma olhada nos vídeos-resposta e/ou relacionados pra ver outras pessoas criticando essa ideia estranha.

Mas o que eu queria falar aqui é um pouquinho diferente. É sobre essas pessoas que acham que literatura moderna é lixo; que apenas os clássicos são bons de verdade, de modo que se recusam a "perder horas preciosas" de suas vidas lendo best-sellers atuais. Só que se esquecem (ou talvez nunca tenham sabido, por na verdade não serem assim tãããooo cultas quanto gostam de pregar - ou de acreditar) que muitos dos livros que figuram nas listas de "grandes clássicos" atualmente, foram, ne época de seus lançamentos, best-sellers! * (há! agora durmam com esse barulho!). 

Não é que eu seja uma levantadora da bandeira de que "só porque é velho é chato/ruim", não... Sei bem dar aos clássicos seu devido valor. Mas, convenhamos, essa visão meio Frankfurtiana (nesse link tem uma explicação bacaninha sobre o que foi a Escola de Frankfurt e a Industria Cultural) de que tudo que é cultura de massa é ruim e só o que é erudito é bom já tá meio batida, né? Eu, sinceramente, não concordo com ideias no sentido de que só porque é best-seller não pode set edificante. E também não acho que quem lê apenas Kafka, Machado de Assis, Proust e Clarice Lispector seja necessariamente um ser humano melhor do que alguém que curte "literatura pipoca" (ouvi essa expressao da Clara, do "Capitu já leu?" e achei sensacional: é aquela coisa que "não tem nutrientes, mas é gostoso e enche a barriga"). Na minha opinião, julgar uma pessoa por aquilo que ela lê (ou deixa de ler) é uma das coisas mais bestas que se pode fazer... Sei lá, mas, pra mim, quem é culto/erudito/intelectual de espírito, não se importa com essas bobagens de "rótulos". Essa pessoa vai ler o que ela tem vontade, sem se importar com o que os outros vão pensar se souberem que ela leu - por exemplo - "Crepúsculo" e, principalmente, sem se importar com o que O OUTRO está lendo! Porque se você quer restringir seu conteúdo literário a determinados estilos, épocas e autores, isso é com você (tem gente que não curte mesmo, ué... e tem todo o direito de fazer essas escolhas com base no seu gosto pessoal)... Agora, querer determinar o que as outras pessoas devem ou não ler...? Socorro!!! 
#IndexLibrorumProhibitorumfeelings 

E, me desculpem se estiver enganada... Mas eu acho que, lá no fundo, essas pessoas que perdem tempo criticando as escolhas literárias alheias fazem isso como uma forma de recalcar sua própria vontade de ler uma bobagem ou outra de vez em quando. - Mas não pode, porque fica feio, né?! Imagina uma pessoa culta como você, um verdadeiro intelectual, sendo visto lendo "Harry Potter"?! Acaba com a sua imagem... (sóquenão)E pior ainda é quando esses "inquisidores" de fato conseguem fazer com que alguém deixe de ler alguma coisa por pura vergonha de ser visto com um livro "pouco nobre" nas mãos. Acho isso muito triste, de verdade. Enfim... trocando em miúdos, esse negócio de querer regular se o que os outros lêem é "digno" ou "indigno", pra mim, é coisa de quem não se garante quanto à própria erudição. #prontofalei 

Então, gente, vamos pensar nisso... Vamos deixar cada um escolher o que quer ler, sem julgamentos, sem preconceitos... Porque preconceito, seja ele de que espécie for - inclusive o literário - é algo nocivo e que deve ser combatido... 

E vamos abrir nossas cacholas também?? Que tal?? É aquela velha história: como você pode dizer que não gosta e rejeitar algo que nunca experimentou? Então, se você é do tipo de pessoa que só lê grandes clássicos de grandes autores (que em sua maioria já morreu), dá uma chance pra um best-sellerzinho de autor novo. E faça isso esperando, pura e simplesmente, se entreter. Seu cérebro não vai derreter por conta disso, juro! E aqueles que tem preconceitos contra os clássicos (porque a gente bem sabe que também existe esse outro lado da moeda, né?), deem uma chance também... Eu acho que muitas vezes o que acontece é que somos obrigados a ler, na escola, obras para as quais ainda não estamos preparados, para as quais ainda não temos maturidade intelectual... E isso pode mesmo acabar criando uma aversão em certas pessoas. No meu caso, por exemplo: tive que ler Dom Casmurro e O Alienista por volta dos 13 anos. Acho cedo... Na época achei tudo um saco, mas pegando pra ler agora, provavelmente já veria com outros olhos (só não tomei coragem pra pegar de novo, até hoje, esses dois especificamente porque ainda estou me curando do trauma, haha!)

No fim das contas, a questão é superar a barreira do preconceito e dar uma chance pro que é diferente daquilo que você está acostumado, que está fora da sua zona de conforto... Como dizia uma professora de literatura que eu tive, "saiam desse mundo da almofada cor-de-rosa"! ;) Vamos ler e deixar ser lido tudo aquilo que trouxer algum prazer pra quem escolher o livro (afinal, a leitura não-técnica/não-acadêmica não é mesmo pra isso? pra dar prazer a quem lê?), mas sem ter medo de experimentar o diferente... Porque vai que você descobre que gosta? :D Pronto, abriu seus horizontes, tem mais um gênero pra acrescentar à sua prateleira e, com isso, mais um milhão de possibilidades de novas leituras, de novos livros... Pra não ficar sempre lendo mais do mesmo apenas por falta de opção. Agora, se você já experimentou e nao gostou, ah, vai ser feliz lendo o que gosta e deixa os outros lerem o que eles gostam em paz também! ;)





* Também sobre os clássicos e como muitas vezes estes se tornaram clássicos, vale a pena dar uma olhada nesse vídeo da Vevs Valadares.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Ah, o amor...! *-*

Feliz dia dos namorados pra todos os casais, novos e antigos, que ainda vivem a alegria de se apaixonar de novo a cada dia pela mesma pessoa :)
(e um beijinho especial pro mozi <3)



L'Amourese 
(apaixonada)
Carla Bruni


Parece que alguém convocou a esperança
As ruas são jardins, eu danço nas calçadas
Parece que meus braços se transformaram em asas
Que a cada instante que voa eu possa tocar o céu
Que a cada instante que passa eu possa comer o céu

Os sinos estão pendurados, as arvores perdem a razão
Elas caem sob as flores no mais ruivo do outono
A neve não derrete mais, a chuva canta suavemente
E mesmo os postes parecem estar impacientes
E mesmo as pedras se acham importantes

Porque eu estou apaixonada, sim eu estou apaixonada
E eu tenho nas mãos a coisa mais importante do mundo
Eu sou amada, eu sou a tua amada
E eu canto pra você a única coisa do mundo
Que faz existir valer à pena, Que faz existir valer à pena

O tempo parou, as horas são voláteis
Os minutos se agitam e o tédio faz naufragar
Tudo parece incerto, tudo trinca sob o dente
E o barulho da tristeza lentamente se afasta
E o barulho do passado simplesmente se cala

Oh, os muros mudam de tijolos,
O céu muda de nuvens,
A vida muda de maneiras e as miragens dançam
Me disseram que viram o destino se mostrar
Sem demonstrar, parecia que ele devastaria tudo
Ele tinha a tua aparência, a tua maneira de falar

Porque eu estou apaixonada, sim eu estou apaixonada
E eu tenho nas mãos a coisa mais importante do mundo
Eu sou amada, eu sou a tua amada
E eu canto pra você a única coisa do mundo
Que faz existir valer à pena, Que faz existir valer à pena

sábado, 8 de junho de 2013

Kindle em promoção para o dia dos namorados! :D

Gentche!!!!!
Passando aqui rápida e rasteira só pra repassar uma informação muito boa:

e-reader Kindle 4 em promoção por R$199 !!! *-*

#todoscomemora !

Ainda estou devendo um post mais detalhado sobre os atributos do dito cujo, mas vocês tem que acreditar quando eu digo que o Kindle é muito amor! S2

E por falar em amor, parece que esta é uma promoção de "Dia dos Namorados" e, segundo o site da Amazon, esse desconto irresistível não deve perdurar para além do dia 12 de junho...  De modo que, se me perguntassem, eu sugeriria aos interessados que corressem pra comprar, porque nunca se sabe quando vai rolar outra pechinchinha como essa... ;)

Lembrando que o Kindle 4 é o que não tem touchscreen e luz própria, mas, sinceramente? Não acho que sejam características essenciais... Sou absolutamente apaixonada pelo meu kindinho e não sinto a menor falta dele ter tela touch. Na verdade, até gosto muito que ele seja na base do botãozinho, porque como sou uma pessoa com uma coordenação muuuito refinada (cof! cof!), vivo fazendo estabanices no aplicativo do celular (que é touch), como virar um monte de páginas e marcar/desmarcar trechos sem querer. Já a luz até pode ser útil em alguns momentos, tipo se você divide o quarto com outra pessoa e gosta de ler na cama durante a noite (o kindle com luz dispensaria o abajur,  sendo mais conveniente pro seu roommate). Mas, como eu disse, não é algo indispensável. Mesmo. Eu super recomendo o Kindle 4 pra todo mundo que me pergunta!

Então, pra quem andava pensando em comprar um e-reader, a oportunidade tá imperdível!! E pros namorandos, é uma ótima opção de presente se seu/sua respectivo(a) adora ler! S2
(inclusive, deixo aqui minha recomendação de quem tinha preconceitos com e-readers e não vivo mais sem ele desde que ganhei do mozi um Kindle no meu aniversário em janeiro). 

  • Algumas dentre as muitas qualidades do Kindle 4, segundo o site da Amazon:

"Kindle - pequeno, leve e rápido

kindle x tablet
- Leitura sem reflexo, como se fosse papel, mesmo sob a luz do sol

kindle de lado x lápis
- Pesa menos de 200 gramas, é mais leve que um livro e mais fino que um lápis;
- Baixe eu livro em 60 segundos com o Wi-fi embutido;
- Comporta até 1.400 livros, leve sua biblioteca pra onde você for. "

 


  • Vocês podem comprar esse lindo nos seguintes lugares:


- Ponto Frio (acho que somente pela internet)

- Livraria daVila

- Quiosques Kindle

      Rio de Janeiro:
     Barra Shopping
     Shopping Leblon   
     Norte Shopping
     Plaza Shopping Niteroi

      São Paulo:
     Morumbi Shopping
     Shopping Iguatemi
     Shopping Center Norte
     Shopping Eldorado
     Shopping Tamboré

  
 Esclarecimento: este post NÃO é um publieditorial. Não estou recebendo nada em troca da divulgação e tudo que foi escrito aqui reflete a minha mais sincera opinião.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

[MomentoMulherzinha] Lip Balm Blistex Fruit Smoothies: delicinha contra os lábios ressecados

Ok, gente, pausa para um momento mulherzinha :)



O inverno está batendo à porta e uma das coisas que atormenta a gente nesses dias frios são os lábios rachados, né? É incômodo, é antiestético, enfim... Ninguém merece. E eu sou uma que tenho os lábios particularmente sensíveis e propensos a rachar, levantar pelinhas, etc... Sofria horrores com isso até conhecer esses babies ;)



Gente, posso falar? Esse balm é simplesmente sensacional! Dos que eu já experimentei até hoje, arrisco dizer que esse é o que tem uma hidratação mais power mesmo... A impressão que dá quando você passa é de que se forma uma camadinha mesmo sobre os lábios, porque não fica deslizando e espalhando o produto quando você esfrega os lábios (ou mesmo quando começa a falar muito) como acontece com alguns balms, sabe? O Blistex tem uma consistência mais densa, quase uma "cerinha" (mas não é nada grudento, juro!), e por conta disso, acaba durando muuuito mais tempo nos lábios e assim garante a hidratação e uma proteção prolongada contra os efeitos nocivos do frio sobre os lábios. É difícil descrever a textura dele, mas vocês tem que acreditar em mim quando eu digo que é sensacional :)

Segundo consta, essa versão "Fruit Smoothies" contém vitaminas e extratos naturais de fruta, tudo isso aliado a um fps 15, ou seja, também é ótimo pra ser usado no verão!


Esse kitzinho da foto eu descobri ano passado (paguei uns R$12 na Drogaria Onofre e apesar de não ser baratíssimo, acho que super valeu a pena pela qualidade do produto): são 3 balmzinhos nos sabores "Berry Explosion", "Melon Medley" e "Triple Tropical". E, gente, não é só cheiro não, viu? Tem gostinho de verdade!! E não é aquele gosto artificial estranho que alguns batons com sabor tem... É um gostinho super parecido com o das frutas de verdade, mas não tão forte a ponto de ser enjoativo.
De repente é até interessante de usar na hora de dar uns pegas nuns gatcheenhos, hein... ;) hahaha
 
Ah, vale ressaltar que apesar deles serem coloridinhos, não precisa se assustar! Você não vai ficar com a boca verde, roxa ou laranja: eles não adicionam cor :) É legal que dá até pra usar por baixo do batom, ainda mais se for um daqueles batons super matte difíceis de passar, sabe? Então... ;)

Bom meninas, é isso... Pra quem quer tentar manter os lábios macios (e literalmente gostosos, ha!) nesse inverno, fica a dica :)

domingo, 28 de abril de 2013

[livro] Destino - Ally Condie

Já fazia um bom tempo desde o meu primeiro contato com esse livro. Na verdade, se não me engano foi até na época em que ele foi lançado e estava exposto naquelas prateleiras da frente de uma livraria, sabe... Eu peguei pra folhear e acabei lendo todo o primeiro capítulo ali mesmo, em pé e tal... Na época eu até pensei em comprar, mas aí, sei lá... Acabei não comprando. Acho que foi, em parte, pelo meu então preconceito em relação a distopias... Um tempo depois, acabei encontrando em pdf na internet, baixei pensando em dar uma chance, mas fiquei com preguiça de ler no computador e ele acabou ficando encostadinho... Até que ganhei o Kindle, esse lindo!, e minha vida mudou! o inaugurei com esse e-book :)

Segue a sinopse:
"Em "Destino", primeiro livro de uma trilogia, a protagonista Cassia tem absoluta confiança nas escolhas que a Sociedade lhe reserva. Ter o futuro definido pelo sistema é um preço aparentemente pequeno a se pagar por uma vida tranquila e saudável e pela escolha do companheiro perfeito para formar uma família. Como a maioria das meninas, aos 17 anos, ela já está pronta para
*
conhecer seu Par. Após o anúncio oficial, a menina sente-se mais segura do que nunca. Romântica, sonhava há anos com o momento do Banquete do Par, a cerimônia em que a Sociedade aponta aos jovens com quem irão casar. Quando surge numa tela o rosto de seu amigo mais querido, Xander - bonito, inteligente, atencioso, íntimo dela há tantos anos -, tudo parece bom demais para ser verdade.
Na cerimônia, Cassia recebe um microcartão onde estão armazenadas todas as informações que precisa saber sobre seu futuro marido. Mas ao inseri-lo no terminal de sua casa, tem uma grande surpresa: a tela se apaga, volta a se acender por um instante, revelando um outro rosto, e se apaga de novo. É Ky Markham, um antigo vizinho, quem ela vê. Neste instante, o mundo de certezas absolutas que conhecia parece se desfazer debaixo de seus pés. Agora, Cassia vê a Sociedade com novos olhos e é tomada por um inédito desejo de escolher. Escolher entre Xander e o sensível Ky, entre a segurança e o risco, entre a perfeição e a paixão.
A partir deste momento, a autora cria um clima de angústia e expectativa em função da culpa que a adolescente sente por estar se desviando do que a Sociedade espera. Ao contrário de outras obras de ficção científica, o livro não é centrado em cenas de ação. 'O universo de Destino foi inspirado em uma série de pequenas experiências ao longo de minha vida. Coisas aparentemente simples, mas que me marcaram de forma profunda, como aquela conversa com meu marido sobre o futuro e o meu baile de formatura. E outras coisas ainda mais genéricas, como a sensação de se apaixonar ou ter o primeiro filho. Acho que o meu livro é diferente das obras do mesmo gênero exatamente por estar centrado em questões mais introspectivas'."
Achei essa sinopse bem completa, dá uma boa ideia geral do que é o livro mesmo. E esse último parágrafo, especialmente, resume bastante da minha opinião: se você espera momentos de ação e aventura, não é exatamente isso que vai encontrar nesse livro. Pelo menos, não neste primeiro volume da trilogia (não li os outros dois).
Mas a parte da crítica social é colocada de uma maneira bem interessante. O livro ganha pontos aí. A autora coloca essa sociedade futura como uma distopia meio utópica ou uma utopia meio distópica... Porque a questão é que a Sociedade tem um controle praticamente total sob as pessoas que, em troca da liberdade de fazer escolhas, tem uma vida "perfeita", quase uma releitura de Stepford... Assim, alegando que é "para o bem geral", é a Sociedade (essa entidade, com letra maiúscula mesmo) que determina categoricamente desde o que cada cidadão vai comer e vestir, passando pela sua profissão, e até com quem cada um irá se casar, com base em maiores probabilidades de sucesso e melhores combinações genéticas (e essa parte da genética é encarada como sendo o máximo, porque reduz drasticamente o número de doenças hereditárias, claro, e gera descendentes fortes, saudáveis, inteligentes... Enfim, os melhores possíveis!). E as pessoas não questionam isso! Elas realmente aceitam como sendo algo bom pra elas e ainda enxergam como uma vantagem o fato de que não precisam nem se dar ao trabalho de entrar em crises existenciais na hora de escolher uma carreira ou um marido, porque a escolha ideal, com base nas estatísticas, será feita para elas.

Já a parte do romance me incomodou um pouco em alguns aspectos... Não sei se tem a ver com o fato de eu estar ficando "véia", se é uma coisa de maturidade emocional... Só sei que ultimamente eu tenho notado que estou mais exigente e menos tolerante com ideias românticas meio inverossímeis que a gente encontra em alguns livros. E esse me incomodou um pouquinho nesse aspecto, sabe, com essa coisa toda da Cassia se apaixonar instantaneamente por um menino em quem ela nunca reparou antes só porque a foto dele piscou na tela do computador no momento em que ela inseriu o microchip que deveria mostrar a foto do "Par" dela. E a forma como, a partir desse momento, ela meio que esquecer de todos os anos de cumplicidade e carinho ao lado do "Par oficial" - que antes era o melhor amigo dela, tipo bff, tá? - e não faz nem uma pequena tentativa de não ficar fantasiando sobre o menino novo.  Ela entra de cabeça mesmo, só porque "mandaram olhar" e mimimi (isso me irritou um bocado). E umas outras coisas que acontecem mais pro fim do livro, que se eu comentar aqui vai ser spoiler, mas enfim... Seguindo essa minha linha de raciocínio, quem já leu ou for ler provavelmente vai entender do que eu to falando...  

Sendo bem sincera, pelo que eu li nesse primeiro volume, meio que já dá pra imaginar como vai terminar, então ainda não tenho certeza se vou ler os outros dois livros da trilogia... Talvez quando sair o e-book eu acabe lendo porque geralmente fico curiosa mas, nesse caso, acho que seria uma curiosidade mais em relação a como a autora vai desenvolver a história até chegar onde eu acho que ela previsivelmente vai chegar... Pelo andar da carruagem, imagino que os próximos livros tenham mais cenas de ação. 

O saldo total é o seguinte: A forma como ela aborda as questões sociais e políticas é bem interessante MESMO, mas não sei se o "entorno" disso foi tão bem explorado quanto poderia. No geral, é um livrinho bom pra passar o tempo e vale a leitura pela parte que é boa. E é meio auto-contido, até... Quer dizer, por mais que a gente saiba que existem 2 outros volumes, dá pra ler só esse e se satisfazer com isso, porque a resolução da questão fica meio que clara, não ficam muitas pontas soltas penduradas. Acho, também, que o público alvo ideal é mais jovem do que o de "Jogos Vorazes", então provavelmente a leitura vai ser melhor aproveitada pela galera na faixa dos 15/16 anos.  :)


*obsCopiei do Ao Rés do Chão, que antes copiou da Lua Limaverdea ideia de colocar a imagem da capa dos livrinhos lidos no Kindle dentro da imagem do dispositivo... Como bem disse a Luara, fica explicativo :)

domingo, 14 de abril de 2013

Monomania² - Clarice Falcão e suas músicas pra morar dentro

E então que neste domingo chuvoso e friozinho, cá estava eu no aconchego do meu quarto lendo uns blogs... Eis que me deparei com o post da Anna Vitória, do So Contagious, sobre a cantora Clarice Falcão. E, na minha opinião, ela foi perfeita na descrição e análise das musiquinhas dessa menina. São tudo que há de "sugar, spice and everything nice", com um toque de piada/sarcasmo ao mesmo tempo... 
E aproveito pra registrar que eu não curto os vídeos do "Porta dos Fundos", projeto do qual ela participa... Sei lá, acho uma tentativa humor que na verdade é uma coisa apelativa e sem graça... Mas as músicas dela não tem nada a ver com aquilo lá, parece que vem de um universo paralelo e eu amei de paixão desde a primeira que escutei, um tempo atrás numa entrevista que ela deu no Programa do Jô.

Vou copiar aqui o comentário que eu fiz lá no blog da Anna e gentilmente encaminhar vocês pro post original, que diz tudo que eu gostaria de dizer...

Luciana14 de abril de 2013 14:39 
Aaahh, eu também to apaixonaaaada pelas músicas dessa menina... *_* Cheguei a entrar numa fase de "monomania" em relação às músicas dela, criar uma playlist e ficar ouvindo over and over again por dias a fio... hahah..
E é bem isso que você disse: ela consegue falar de amor de uma forma leve, sem ser piegas, descompromissada, até, fazendo piadinhas... E acho que é até por isso que todo mundo se identifica... Porque ninguém vai assumir tranquilamente, de verdade verdadeira, que é meio stalker da pessoa que ama... Mas se alguém faz uma brincadeira e fala de um jeito engraçadinho, é mais fácil você rir e falar "ahahaha... Fato!" :) 
Sem falar que a melodia e a voz meiguinha dela são uma delicinha de se ouvir, né... É aquele tipo de música em que a gente moraria dentro, se fosse possível... :)

Não deixem de ler o post original!!! Sério!

Vale a pena conferir o canal da Clarice Falcão no youtube também! 

E, pra encerrar, deixo aqui uma música super bonitinha dela, que eu adoro (e super me identifico, haha!), mas que por alguma razão que eu desconheço, não está no canal oficial da Clarice, e talvez por isso não tenha entrado pra seleção do So Contagious...

De todos os loucos do mundo

Minha sugestão é que vocês curtam o domingo chuvoso ao som dessas musiquinhas delícia pra se morar dentro... 

Besos!

terça-feira, 5 de março de 2013

[filme] Hitchcock

Fui assistir "Hitchcock" sábado, no dia seguinte à estréia. Não que eu seja uma hitchmaníaca, mas tenho que dar o crédito: o cara é bom mesmo.

SINOPSE:
Antes de filmar o sucesso “Psicose”, o cineasta Alfred Hitchcock enfrentou vários desafios e resistência por parte da indústria cinematográfica, mesmo estando no auge de sua carreira. Os bastidores desses conflitos e os problemas gerados com a empreitada são o foco do filme “Hitchcock”, estrelado por Anthony Hopkins. A história também mostra o relacionamento do diretor com Alma Reville, sua esposa.


A primeira coisa que eu tenho a dizer é que o Anthony Hopkins estava sensacional na sua caracterização! Acredito que tenha rolado uma maquiagem power, daquelas com camadas e máscaras estilo "Professor Aloprado", pra que ele ficasse daquele tamanho, com direito a papada e tudo... De verdade, ficou muito bom! E nem acho que essa foto que já anda circulando pra mostrar a semelhança é das melhores, não... Depois vou procurar com calma outras com ângulos que mostrem melhor o quanto você quase chega a acreditar que é o próprio Hitchcock que voltou à vida ali! 

Antony       e          Hitch

Quanto ao filme, é o seguinte: não vá esperando grandes emoções e reviravoltas, logicamente. A sinopse meio que já diz tudo e a gente, inclusive, sabe como termina, né? ;) Mas é um bom filme! Pra quem já assistiu à algum filme dirigido pelo "mestre do suspense" (e pra quem ainda não assistiu também, pode ser até um incentivo pra alugar um assim que sair do cinema!), é bacana ver retratada sua personalidade pitoresca, ver a forma como ele trabalhava, o quanto se envolvia, como a paixão pelo cinema refletia em sua vida pessoal... E dá vontade de assistir a todos os outros! 

Se eu fosse avaliar com o bonequinho d'O Globo, ele estaria assistindo sentado, mas com aquela inclinaçãozinha de interesse e um sorriso no rosto! hehe...

Resumindo: apesar de não ser surpreendente e arrebatador, tem alguns momentos de destaque e, acima de qualquer coisa, é um filme interessante, bem feito e vale os 98 minutos que você passa dentro da sala de cinema.

sábado, 2 de março de 2013

[livro] Remember Me? - Sophie Kinsella ("Lembra de Mim?")

Então, eu furei a fila... Pois é, bem que eu tinha dito que provavelmente acabaria não seguindo à risca minha listinha de meta de leitura pra 2013, né? Enfim... Mas foi por uma boa causa!
Há algum tempo que eu topei com a versão pocket desse livro na Saraiva e já gostei logo de cara! Antes das primeiras 10 páginas eu já fiquei com vontade de ler ele todinho... Mas na ocasião acabei não comprando, numa outra oportunidade quase comprei mas também não rolou... Até que agora eu, finalmente, tive acesso ao bonitinho :) (na verdade, fiz um downloadzinho amigo e joguei no Kindle - ah!! Não tinha contado pra vocês que eu ganhei um Kindle, né?? Pois é!!! Em breve faço um post falando sobre ele por aqui!)


SINOPSE:
Quando Lexi Smart, aos vinte o oito anos de idade, acorda em um hospital em Londres, ela está prestes a ter uma grande surpresa. Seus dentes são perfeitos. Seu corpo é sarado. Sua bolsa é Louis Vuitton. Tendo sobrevivido a um acidente de carro - em nada menos que um Mercedes - Lexi perdeu um grande naco de sua memória: três anos, para ser exata. E ela está prestes a descobrir o quanto as coisas mudaram. 
De alguma maneira, Lexi passou de uma garota trabalhadora de vinte e cinco anos de idade, a uma importante empresária, morando em um loft luxuoso, com uma assistente pessoal, uma dieta livre de carboidratos e um grupo de novos amigos glamurosos. E quem é este marido deslumbrante - que por acaso é também multimilionário?
 Com sua mente ainda presa três anos no passado, Lexi sauda esse vistoso novo mundo determinada a ser a pessoa que ela... Bem, parece ser. Isso até que alguém de seu novo círculo de conhecimentos lança a maior bomba de todas. 
De repente, Lexi está lutando para recuperar seu equilíbrio. Sua nova vida, ao que parece, é cheia de segredos, esquemas e intrigas. Como foi que isso tudo aconteceu? Ela algum dia irá lembrar? E, se lembrar, o que vai acontecer?
Com o mesmo humor perverso e o delicioso charme que renderam a ela milhões de fãs devotados, Sophie Kinsella, autora do bestseller "Os Delírios de Consumo de Becky Bloom" retorna com um irresistível novo romance e uma nova heroína que se encontra em uma mudança de vida e uma situação absolutamente hilariante. 

Minha opinião sobre o livro: 

A M E I. Sem tirar nem por. Livro MARAVILHOSO, uma das melhores "chick lits" que eu me lembro de ter lido! Juro!! O que acontece é o seguinte: No prólogo, você tem a impressão de que vai ser uma "literatura mulherzinha" como outra qualquer (embora já fique claro que vai ser altamente divertida, vamos ressaltar!). Mas a coisa toda da amnésia da personagem principal logo no primeiro capítulo já dá um toque especial na história, saindo do lugar comum. Além disso, ele já começa diferente. Não é a mocinha vivendo adversidades que conhece o homem perfeito, surge um clima e no final eles vivem felizes para sempre. Nesse aqui, ela já começa casada com o suposto "príncipe encantado"! Mas, ao mesmo tempo, tem todos aqueles ingredientes típicos de "chick lit" que a gente adora: personagem principal atrapalhada e meio doidinha, amigas divertidas e romance. Somado a uma dose de intriga e tal...

A história começa num dia especialmente ruim (sabe, daqueles em que Murphy te agarra e não solta mais??): Lexi, com seu cabelo cheio de frizz e dentes desalinhados, não tinha recebido o bônus que esperava no trabalho (e que todos os outros colegas receberam) pelo simples fato de faltar apenas uma semana para completar um ano no cargo, levou um tremendo chá de cadeira do namorado que é um porcaria (no original, ela o chama de "Loser Dave" - "Dave Perdedor" - não sei como ficou a tradução) e, depois de sair de uma boate com as amigas, usando um sapato apertado, está na chuva tentando conseguir um táxi quando acaba escorregando e batendo com a cabeça...

Ao acordar no hospital, descobre que está lá por conta de um segundo acidente (dessa vez, dirigindo seu Mercedez, que ela nem se lembra de algum dia ter possuído - aliás, ela nem se lembra de ter aprendido a dirigir!) e que, com a pancada, esqueceu de tudo em relação aos últimos 3 ANOS de sua vida! Eis que surge um marido estilo moreno-alto-bonito-e-sensual - ainda por cima RYCO! - que a leva pra seu loft chiquééérrimooo, estilo casa-inteligente (sabe, tudo na base do controle remoto e tal?), onde existe um closet inteirinho só dela, cheio de roupas de grife, sapatos caros e maquiagens Dior. E, além disso, ela fica sabendo que agora ocupa um cargo de chefia na empresa em que antes trabalhava como "assistente de vendas junior".

Daí a moça passa a achar que aterrissou na vida dos sonhos e se pergunta como teria conseguido aquilo tudo. Ela chega a comentar que deve ter sido Ghandi numa vida passada pra merecer receber isso tudo de bandeja agora! Mas conforme está tentando se adaptar à sua nova vida, ela começa a perceber que não encontra sua personalidade ali... E que a verdadeira Lexi parece ter se perdido em algum lugar do caminho. E com uma informação bombástica que ela recebe de alguém que teria conhecido em algum momento desses 3 anos dos quais ela esqueceu, mas que no momento é, pra ela, um completo estranho (deu pra entender?), Lexi fica ainda mais confusa... E a gente mergulha junto nessa tentativa de descobrir quem ela realmente é, o que aconteceu, como ela se tornou essa pessoa e qual é a verdade dos fatos. Claro que tudo isso salpicado de comédia e diversão!!


O livro rende umas boas risadas e a leitura flui SUPER bem. É do tipo que você não quer parar de ler, não consegue desgrudar... Eu devorei as quase 400 páginas em menos de uma semana. O final não é exatamente o mais surpreendente da vida, depois que você já passou da metade do livro, mas é EXTREMAMENTE FOFO! Me apaixonei pelos personagens, sem falar que a Lexi é o tipo de pessoa de quem eu super gostaria de ser amiga! Enfim... Curti muito o livro. Não sei porque parece que aqui no Brasil não emplacou muito, não teve tanta divulgação quanto a saga "Becky Bloom" e tal. E, mesmo só tendo visto o filme deste, me arrisco a apostar uma bala juquinha que o "Remember Me" é melhor que "Delírios de Consumo de Becky Bloom". Aliás e acho, inclusive, que ele SUPERRRRR MERECIA VIRAR FILME!!!!


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

[livro] Trilogia "Jogos Vorazes" - Suzanne Collins (+ breve comentário sobre o filme)

box da trilogia
Antes de começar a falar da trilogia em si, acho válido fazer um esclarecimento: Eu nunca tinha lido uma distopia até o ano passado. A verdade é que rolava um certo preconceitinho da minha parte em relação a esse gênero literário... #prontofalei Sei lá, nunca tinha me interessado muito porque eu não sou uma entusiasta de ficção científica e achava que as distopias estariam recheadas disso e mais um punhado de pessimismo (porque, né, estamos falando aqui de sociedades pós-apocalípticas!), enfim... Não me atraía. Some-se a isso o fato de que quando eu vi o trailer do filme "Jogos Vorazes" no cinema, achei com cara de ser uma história bem bobona... Daí decidi que não tinha vontade de ver o filme e menos ainda de ler o livro. Então eu simplesmente esqueci que essa trama existia e segui minha vida alegremente, até o dia em que vi uma amiga minha lendo, comentei que tinha visto o trailer e achado super desinteressante e ela simplesmente começou a fazer a maior propaganda positiva! Disse que o trailer realmente não transmitia a essência da história, mas que o livro era maravilhoso e ao mesmo tempo perturbador, que ela chegava a ter pesadelos relacionados à história (obs: aqui eu acho que foi um pouco de exagero... Talvez se deva ao fato de ela ser uma menina bastante sensível, mas as pessoas em geral provavelmente não vão ter pesadelos com a arena, o Presidente Snow ou coisas do tipo), que se emocionava e lalala... Confesso que eu cheguei a ficar balançada, mas mesmo assim não me empolguei loucamente pra ler. Até que, com toda essa propaganda, ela conseguiu fazer mas 2 amigas minhas lerem e ambas também se apaixonaram loucamente e engrossaram o coro pra me convencer a ler. Acabei me rendendo e pegando o 1º livro emprestado, decidi dar uma chance, enfim... Na metade da história eu já estava no site da Saraiva comprando o box com a trilogia completa (com 10% de descondo e ainda ganhei um botton do tordo de brinde! - adoro!) :)

Aliás, só mais dois parêntesis aqui: primeiro que desde que eu terminei de ler (final do ano passado), não quis ver nenhuma resenha ou opinião em outros blogs/vlogs antes de escrever esse post pra não me influenciar, de modo que o que eu vou postar agora são as minhas mais puras e primeiras impressões. Pode ser que depois, lendo ou ouvindo o que os outros acharam, eu acabe ruminando o assunto e chegue a outras conclusões (tô sempre aberta a discussões saudáveis), mas no momento são essas. Outra coisa é que eu não quis resumir a história e spoilers aqui. Sei que a essa altura a maioria das pessoas que queria ler já leu, mas né? Vai que...  E até por esse motivo também eu decidi fazer o post nestes moldes. Então as questões são: primeiro que esse é um livro que dá muita margem a spoilers se você vai falar sobre ele e segundo, se a maioria das pessoas já leu, eu não vou estar contando nenhuma novidade ao resumir a trama e contar mais ou menos o que acontece e lalala... De modo que vou falar mais das minhas impressões de um modo geral do que da plot em si, ok? Pra quem procura um resumo mais detalhado da história propriamente dita, tem várias resenhas legais por aí, é só dar uma olhadinha :)
Isto posto, vamos ao que interessa:




 SINOPSE: 
 A história se passa em uma nação chamada Panem, fundada após o fim da América do Norte. Formada por 12 distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital, sede do governo. Uma das formas com que demonstra seu poder sobre o resto do carente país é com os 'Jogos Vorazes', uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de 12 a 18 anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte. Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido Distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos 'Jogos Vorazes'?

Eu simplesmente me empolguei logo de cara com o primeiro livro ("Jogos Vorazes"). Ele é o início dessa trilogia que definitivamente prende o interesse do leitor, é inteligente, movimentada, instigante... E são os típicos livros que te fazem ficar acordada até tarde, querendo chegar ao próximo parágrafo, à próxima página e ao próximo capítulo, querendo saber o que acontece depois... e agora? e agora...! Sabe como?? E esse primeiro livro conseguiu conquistar meu coraçãozinho rapidamente e entrar pro ranking dos meus livros favoritos. 

Uma observação é que na ficha catalográfica dos livros consta a categoria "infanto-juvenil", mas confesso que tenho minhas dúvidas quanto a isso, viu... Tudo bem que a parte do romance é muito águinha com açúcar mesmo. Tipo... Muito MESMO (vamos enfatizar bem isso: a parte do romance - ao londo de toda a trilogia - é beeem fraca). Acho que é a única parte que eu mudaria no livro, porque achei bem bobinho e até meio forçado mesmo, enfim... Mas não torna o livro ruim, nem de longe. A questão é que, se a gente pensar bem, não sei se o público "infanto" se ligaria muito nas críticas políticas e sociais que são abordadas no livro...
Mas, aliás, esse é outro ponto que gostei bastante: a autora consegue colocar questões políticas de uma forma forte e, ao mesmo tempo, sutil. Quer dizer, os personagens são bastante revoltados e rola uma bela crítica social e política ali (a Capital - lar dos ricos e poderosos - subjugando os demais distritos miseráveis através de um governo ditatorial, toda uma nação parando suas vidas pra assistir a um reality show onde crianças e adolescentes são jogados num ambiente inóspito para lutar até a morte, etc), mas a Suzanne Collins conseguiu fazer isso sem forçar uma determinada visão política como sendo A CORRETA, sabe? Ao longo da trilogia, a gente vê críticas tanto a regimes de extrema direita (Capital), quanto de extrema esquerda (que vemos no 3º livro). Na verdade, a crítica principal é em relação aos governos com um cunho ditatorial ou anti-democrático - críticas estas que eu acho totalmente válidas. (concordam?)

Uma coisa que eu senti em relação ao segundo livro ("Em Chamas"), é que acho que dá pra dizer que ele é um livro mais de transição... Pode soar estranho o que eu vou falar agora, mas eu achei este o livro mais movimentado e, ao mesmo tempo, o livro em que acontece menos coisa de fato, sabe? Quer dizer, é um livro frenético, cheio de ação o tempo todo, mas boa parte dele narra acontecimentos que não vão influenciar diretamente no enredo ou que o leitor não precisa gastar um tempo pra digerir e assimilar. É mais pá-pum-pow!, sabe? Tanto que a leitura flui muito rápido (terminei em menos de 3 dias, sendo que ele ainda tem algumas (poucas, mas tem) páginas a mais do que o primeiro, que eu li em aproximadamente 1 semana). Mas é o típico livro que te deixa curiosa pra saber o que vem a seguir. 

Outra coisa interessante é que rola um efeito parecido com o que aconteceu ao longo da saga "Harry Potter": conforme a personagem vai envelhecendo e amadurecendo (ou ficando mais "escaldada" devido a todos os percalços pelos quais ela passa), os livros vão se tornando mais densos. O terceiro ("A Esperança") chega a ser até pesado e eu não o classificaria como "infanto-juvenil" de forma alguma. Neste momento, uma rebelião foi deflagrada e a nação está em guerra, ou seja, cenas bem fortes vem por aí. 
Agora, conforme o fim da saga se aproxima, vão acontecendo coisas que te deixam atordoado. Por exemplo, algo que acontece com a Prim (irmãzinha da Katniss, aquela pela qual ela se oferece pra substituir nos Jogos Vorazes) bem no final. Eu demorei pra assimilar. Já tinha passado por aquele pedaço e aí uma ou duas páginas adiante foi tipo "Epa, peraí... Eu perdi alguma coisa?". E foi só quando voltei e reli aquele pedaço que caiu a ficha do que tinha ocorrido de fato. Mas na primeira vez que você lê, chega a ficar na dúvida se aquilo está acontecendo de verdade ou se é um devaneio ou algo do tipo...

Quanto ao final da trilogia, é até meio difícil de falar. No fim das contas, você acaba descobrindo que nem tudo era exatamente o que parecia, etc e tal... Mas quando eu terminei de ler o prólogo é que foi o choque, tipo "Cara... Mas como assim?? Acabou? E é desse jeito mesmo??". Não era o final que eu esperava e tenho que confessar que até me decepcionou um pouquinho... A impressão que me deu é que nem a própria autora sabia como encerrar a trama depois de todo aquele imbróglio e que não queria fazer uma saga de livros longa como um Harry Potter da vida, estava decidida a fechar no livro 3. E aí, sei lá... Deu um jeito de encerrar de repente, fazer umas prospecções futuras e deixar alguma coisa em aberto pro leitor imaginar como preferir. Mas, sei lá, pra mim ficou aberto demais e meio jogado, até... Mas, de toda forma, a trilogia toda tem muitos pontos positivos e não é um final esquisito que faz deixar de valer a pena.

Pena que o filme seja fraquinho mesmo. Decidi assistir depois de ler o livro e concluí que não teria perdido muita coisa não assistindo. Eles tentaram condensar e adaptar a história e, com isso, acabaram cortando e modificando coisas que tinham um papel importante pra tornar a história tão interessante. Só o fato de no livro você saber tudo o que a Katniss está sentindo e pensando - e no filme, não - já faz uma  diferença. Acabou virando um filminho de ação infanto-juvenil (eu não vi "Crônicas de Nárnia", mas imagino que seja o mesmo gênero), correria pra lá e pra cá, flechas sendo lançadas, tudo meio confuso...

Mas, resumindo: se você nunca leu uma distopia, não tenha medo de começar com essa. Pelo menos, pra mim, serviu pra quebrar o preconceito e me fez abrir os horizontes e dar chances a um gênero que antes eu desprezava. Depois de ler a trilogia Jogos Vorazes, me empolguei fiquei com vontade de ler outros livros do mesmo tipo. Se você já gostava de distopias antes, acho que também pode gostar dessa. E se você viu o filme antes e se desanimou, vale muito a pena dar uma chance pro livro (que, vamos combinar, costuma ser melhor do que o filme em 99% das vezes, vai?).

Então é isso, gente. Sintam-se à vontade pra comentar concordando, discordando, questionando, enfim... Me digam o que acharam que agora tô curiosa pra saber a opinião de outras pessoas!