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domingo, 16 de setembro de 2012

Livro: As Esganadas - Jô Soares


Li "As Esganadas" no final do ano passado e queria fazer essa resenha desde então, mas como andei mega afastada do blog por N motivos, só está saindo agora. O livro de 264 páginas foi lançado em 2001 pela Companhia das Letras e, na época, foi super divulgado, chegando a atingir o topo da lista de livros de ficção mais vendidos no Brasil poucas semanas depois do lançamento.
Segue parte da sinopse retirada do site da Cia. das Letras :

"Em As esganadas, o autor do best-seller O xangô de Baker Street explora mais uma vez tema que lhe é caro: os assassinatos em série. No entanto, tal como Alfred Hitchcock, que desprezava os romances policiais cujo objetivo se resume a descobrir quem é o criminoso (o famoso “whodonit”), Jô Soares revela logo no início não somente quem é o desalmado como sua motivação psicológica (melhor dizer psicanalítica) para matar. O delicioso núcleo narrativo está nas tentativas aparvalhadas da polícia de encontrar um criminoso que, além de muito esperto e de não despertar suspeita nenhuma, possui uma rara característica física que dificulta sobremaneira a utilização dos novos “métodos científicos” da polícia carioca.
O leitor também pode se fartar aqui com uma outra faceta constante da obra literária de Jô Soares: a escolha de um momento do passado para cenário de sua narrativa, o que lhe permite entrar em detalhes históricos curiosos enquanto desenvolve a trama. Desta vez, voltamos ao Rio de Janeiro do Estado Novo, tendo por pano de fundo mais amplo o avanço do nazismo e as primeiras nuvens ameaçadoras que anunciam a Segunda Guerra Mundial.
Com a verve que lhe é característica, Jô consegue, neste As esganadas, realizar a façanha de narrar uma série de crimes brutais, com requintes inimagináveis de crueldade, e deixar o leitor com um sorriso satisfeito nos lábios."

A primeira coisa que me chamou a atenção foi a capa. Acho que talvez as cores usadas no título e a ilustração divertida tenham tido sua parcela de contribuição para o sucesso de vendas, porque passa a imagem de ser um livro de humor. O que não é mentira, já existem mesmo bons punhados de humor no texto, mas não chega a ser uma comédia. Tanto que, na ficha catalográfica, o assunto consta como "Literatura Brasileira-Ficçao Policial".
Agora, quanto à narrativa propriamente dita... Este foi o primeiro livro do Jô que eu li, então não sei se essa é uma tendência nos livros dele, mas o que eu tenho a dizer é o seguinte: achei a história um tantinho repetitiva. Quer dizer, a gente já sabe desde o início quem é o assassino e quais os motivos dele pra matar. Já sabe também que os alvos dele são sempre mulheres gordas. As mortes são todas mega parecidas (na verdade, são iguais, o que muda são detalhes) e até previsíveis. E tudo gira em torno das tentativas da polícia de capturá-lo. De modo que se você for ler esse livro esperando suspense e emoção, é melhor nem começar... Entretando, não é um livro ruim. Não mesmo! A sensação que eu tive, na verdade, foi mais ou menos a mesma que tive quando li Lucíola (do José de Alencar): o enredo é previsível e chega a ser até meio "banho-maria" em alguns momentos, mas em compensação o texto é muito bem escrito, o que acaba conquistando o meu interesse. Outra coisa a ser ressaltada é que foi feito um trabalho de pesquisa bem bacana pra contextualização da trama na época, o que também acaba somando uns  pontinhos positivos. Além disso, os capítulos não são muito longos, o que faz a coisa toda fluir bem, e pequenas ilustrações aqui e ali, no meio do texto, dão um certo T.V.G. (segundo meu avô, "Toque de Vivacidade e Graça", heheh...).
Então, pra concluir, minha opinião é a seguinte: é um bom livro pra ser lido antes de dormir. Não estou querendo dizer que ele dá sono, veja bem! Mas a questão é que não é o tipo de livro que te prende por vários capítulos naquela do "e agora, o que acontece?? E agora?! OMG, o que será??!".  O livro te mantém entretido até a hora que o soninho chega, quando você consegue, sem grande ansiedade, fechar na página em que parou e recomeçar no dia seguinte. :)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Blue Monday


Ou como me sinto na segunda-feira pós feriado, quando tenho que ir trabalhar...

Tell me now how should I feel...  -.-