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quarta-feira, 24 de julho de 2013

[livro] Percy Jackson e os Olimpianos - O Ladrão de Raios (+ breve comentário sobre o filme)

Pois é, gente, hoje vim falar sobre o primeiro livro da saga Percy Jackson :) 
Vamos à sinopse:
 "Percy Jackson está para ser expulso do colégio interno... De novo. É a sexta vez que isso acontece. Aos doze anos, esta é apenas uma das ameaças que pairam sobre esse garoto, além dos efeitos do transtorno do déficit de atenção, da dislexia... E das criaturas fantásticas e deuses do Monte Olimpo que, ultimamente, parecem estar saindo dos livros de mitologia grega do colégio para a realidade. E, ao que tudo indica, estão aborrecidos com ele. 
Vários acidentes e revelações inexplicáveis afastam Percy de Nova York, sua cidade, e o lançam em um campo de treinamento muito especial, onde é orientado para enfrentar uma missão que envolve humanos diferentes - metade deuses, metade homens - além de seres mitológicos. O raio-mestre de Zeus fora roubado, e é Percy quem deve resgatá-lo. 
Com a ajuda de amigos, Percy tem poucos dias para reaver o instrumento de Zeus, que represente a destruição original, e restabelecer a paz no Olimpo. Para conseguir isso, terá que fazer mais do que capturar um ladrão. Terá de encarar o pai que o abandonou, resolver um enigma proposto pelo oráculo e desvendar uma traição mais ameaçadora que a fúria dos deuses."

 Vou começar sendo MUITO sincera com vocês: logo de cara rolou um certo preconceitinho da mina parte. Shame on me, eu sei... Mas o caso é que eu ganhei o livro de uma amiga da faculdade (que já tinha lido e amou tanto que comprou o box e ficou com o primeiro que comprou avulso sobrando) e,
assim que abri o dito cujo e li a primeira página, entrei numa de que o livro era bobo, que era pra criança, que ia ser uma leitura penosa... Afinal, o primeiro capítulo - chamado "Sem querer transformo em pó minha professora de iniciação à Álgebra" (cá entre nós, não é lá o título mais instigante do mundo) - começa com um menino de 12 anos dizendo que se você, leitor, está lendo esse livro porque acha que pode ser um meio-sangue, é melhor fechá-lo, porque ser um meio sangue é assustador, é perigoso e blablabla... Enfim, achei q pudesse ser bobo mesmo... Acabei deixando ele encostado por vários dias, criando coragem pra pegar de novo... Mas achei que eu devia me "forçar" a ler já que tinha sido presente e tal, pra pelo menos dar um feedback pra minha amiga, porque é chato quando a pessoa te dá um livro que ela mesma adorou e você nem ao menos se dá ao trabalho de conhecer pra depois criticar, que seja, né? Pois bem... Fiz um esforcinho inicial e segui a leitura. E quer saber de uma coisa? Passado o segundo capítulo, eu já fui começando a me interessar... Na metade do livro, já estava curtindo bastante! Gostei de ler. Mesmo. apesar de ser um infantojuvenil de fato, acho que pode agradar leitores de diversas faixas etárias q leiam de coração aberto.

Outra coisa que eu devo dizer é que quem gostou de Harry Potter, provavelmente vai gostar de Percy Jackson. Porque segue o mesmo estilo e, sendo bem franca, tem vários aspectos que lembram muuuito HP. Tipo o fato de que a história gira em torno das aventuras de 3 crianças, sendo dois meninos e uma menina. Tipo o fato de o menino secundário ser "o desastrado" (Rony), a menina ser "a inteligente" (Hermione) e o menino principal ser, de certa forma, "o escolhido"... Tem também um certo personagem que me faz lembrar do Dumbledore... [SPOILER leve] Quíron, que escuta uma profecia envolvendo Percy Jackson e acaba se tornando uma espécie de mentor, sempre por perto para proteger e tal... E, ainda, o fato de ser dada a Percy a opção de passar o verão no acampamento meio-sangue ou em casa. [/SPOILER leve] E tem, ainda, aquela "frescurinha" de não mencionar os nomes dos deuses, que me lembra um pouco a coisa do Voldemort ser "você-sabe-quem" ou "aquele-que-não-deve-ser-nomeado", enfim... Tem várias dessas coisinhas que remetem e me arrisco a dizer que Rick Ryordan provavelmente se inspirou nas ideias da J.K. Rowlling. A saga Percy Jackson seria uma releitura de um Harry Potter modificado e "menos complexo". Não, não dá pra comparar. São diferentes. Mas que tem ali um fundinho de "inspiração", ah, isso tem!

Apesar de ser um livro grossinho, é uma leitura rápida e que flui bem. O tamanho do livro engana, porque se você for ver, a letra é bem grande e espaçamento duplo (infanto-juvenil mesmo, viram? Pra moçada que tá começando a se aventurar com livros maiores ir se acostumando). E, no fim das contas, meus preconceitinhos iniciais caíram por terra. Depois de um certo momento da história, você já começa a ficar preso naquela de querer saber o que acontece em seguida... É um livro bem gostoso de ler, e bem divertido. Diria que é um bom entretenimento e, de quebra, ainda tem a parte de mitogia que é bem legal, tanto pra quem já conhece e já gosta, quanto pra quem ainda é mais jovenzito e vai se "instruir" ao longo do livro e, quem sabe, despertar um interesse pelo tema... :)

Fora isso, achei super simpático ter sido incluído, no final, o primeiro capítulo do livro seguinte pra atiçar os leitores que não compraram o box...

Agora, em relação ao filme, é o seguinte: eles pegaram os personagens do livro e criaram uma história praticamente toda nova. Tem MUITA coisa diferente, muita mesmo. E não é dizer "aah, masJogos Vorazes, só que pior, porque mudaram mais coisa ainda. 
baseado não significa que tenha que ser igual...". Não, eu sei, mas não é disso que eu to falando. Não é uma adaptaçãozinha aqui e outra ali. São diferenças gritantes mesmo. Mudaram, inclusive, a faixa etária (de 12 pra 16) e o aspecto físico de alguns personagens... Tipo, gente que devia ter o cabelo loiro e encaracolado ser morena de cabelo liso. Sei que parece bobagem, mas sei lá... Será que não tinha como tentar se manter mais de acordo com as descrições do livro?? E com todas as mudanças feitas, achei que o filme acabou ficando bobinho... Parece que tiraram justamente as partes que tornavam o livro interessante, não sei... Não gostei muito não, viu? Foi mais ou menos a sensação que eu tive com o filme de Jogos Vorazes. Uma pena, porque dirigido pelo Chris Columbus (que dirigiu os 2 primeiros de Harry Potter), tinha potencial pra sair coisa bem melhor dali... Vamos esperar pra que os próximos não sejam tão desvirtuados assim... 

Então pra fechar, fica a opinião de que é um livrinho bem bom, e acho que é até uma boa sugestão de leitura pras férias :)

terça-feira, 16 de julho de 2013

Preconceitos Literários ² - "Qual é seu livro favorito?" + "Amor e ódio aos Best-sellers"

Gentche! 

Nem de propósito: Pouco depois de eu ter postado a minha crítica aos preconceitos literários, alguém compartilhou no meu facebook um link pra esse texto maravilhoso do Danilo Venticinque pra revista Época, que vai mais ou menos na mesma direção... Ele comenta sobre essa timidez que as pessoas tem em revelar seus verdadeiros favoritos por medo de serem julgadas por aqueles que acham os best-sellers uma leitura pouco nobre... Destaquei uns trechos aqui pra vocês:
"Há algumas semanas, uma amiga minha confessou que tinha dois livros favoritos: um sincero e um para impressionar. Se alguém da turma que odeia best-sellers pergunta sobre suas preferências literárias, ela diz que seu preferido é O conto da ilha desconhecida, de José Saramago. Para os amigos, ela assume a verdade. Por mais que goste da obra de Saramago, nada supera sua paixão por Harry Potter.
[...]
Por que temos vergonha de revelar nossos verdadeiros favoritos? As críticas recorrentes aos best-sellers e aos seus fãs, como se fossem inferiores aos leitores de obras literárias mais profundas, ajudam a inibir nossa sinceridade. Há também uma pressão social para que os leitores sejam um pouco esnobes. A leitura de livros ainda é vista como uma atividade erudita, e admitir ser fã de Dan Brown ou de Paulo Coelho é colocar esse status em xeque. Quanto aos fãs de livros juvenis, são vítimas da crença injusta de que essas obras são destinadas apenas a crianças e adolescentes. O adulto que assume que Harry Potter é seu livro favorito corre o risco de ser visto como um leitor que esqueceu de amadurecer, e não como alguém que, depois de desbravar clássicos da literatura e se apaixonar por eles, continua a preferir histórias de magia.  
O verdadeiro amadurecimento do leitor não está em abandonar os livros mais leves e trocá-los por obras mais complexas. Essa é uma escolha que cada um faz no seu tempo, por uma questão de gosto e, às vezes, necessidade. Amadurecer como leitor é outra coisa. É entender suas preferências, não ter vergonha de assumi-las e construir um caminho de leituras com base nelas. [...]
  E nesta página, encontrei o link para um outro texto do Danilo fazendo, em linhas gerais, a mesma crítica que eu fiz por aqui em relação a quem julga os leitores de best-sellers.

Os dois links valem o click, viu? Sério, recomendo fortemente que vocês leiam esses dois textos do D. Venticinque pra ler a íntegra, vale super a pena!

sábado, 13 de julho de 2013

[filme] Truque de Mestre / Now you see me

Aproveitei um tempinho de folga sem faculdade durante a semana pra ir ao cinema assistir "Truque de Mestre" com o boy. Ele gostou bastante do filme, sem ressalvas. Eu gostei também, mas tenho meus poréns... Sem mais delongas, vamos à uma sinopse:

Em "Truque de Mestre", um esquadrão de elite do FBI - contando com a ajuda de uma agente da Inerpol e um veterano desmistificador de mágicos - se engaja em um jogo de gato e rato contra "Os Quatro Cavaleiros", uma super-equipe formada por grandes ilusionistas que, durante suas performances, promovem uma série de assaltos ousados ​​contra líderes empresariais corruptos, distribuindo os lucros roubados para a plateia, enquanto permanecem um passo à frente da lei.


O elenco, na minha opinião, foi super bem selecionado e conta com a presença de:

 Mark Ruffalo (o agente do FBI)
 Mélanie Laurent (a recruta da Interpol)
Morgan Freeman (o desmistificador)
Michael Caine (o financiador)
Jesse Eisenberg (o "showman")
 Woody Harrelson (o mentalista)
Isla Fisher (a escapista)
Dave Franco (o prestidigitador)

entre outros.

O que eu achei: é um típico filme de ação americano (roubos, perseguições, FBI, etc), com uma pitada de mágica que, de fato, traz um charme especial. Além disso, ao longo do filme ocorrem algumas reviravoltas bem surpreendentes que, pra mim, foram o ponto alto. Mas, pra mim, foi basicamente entretenimento mesmo. Nada que tenha mudado a minha vida depois de assistir.
Porém, na verdade, o meu maior problema com o filme foi o "argumento" final, ou a justificativa pra toda a trama... Vou ser bem sincera: não colou... Não sei se tiveram que encolher pra caber nos 115 minutos ou se o objetivo era esse mesmo, mas achei que o final, apesar de ser bastante imprevisível, ficou meio "jogado", sabe? Enfim... Mas isso não quer dizer que não tenha valido o preço do ingresso. Até porque, se você estiver na dúvida entre ver no cinema e esperar sair na locadora, te sugiro que opte pela telona, porque acredito que, provavelmente, o impacto causado pelos truques de mágica seja proporcional ao tamanho da tela.