
Pra não dizer que não ri at all, admito que esbocei uns 3 sorrisos ao longo do filme e dei uma risadinha leve (daquelas tipo ":| : ) ...hehe... : ) :|" ) por conta de uma bobagem qualquer. Mas chamar o filme de "a maior comédia de todos os tempos" é uma ofensa à inteligência do espectador. Não dá nem pra chamar de maior pastelão de todos os tempos. Já vi pastelões melhores.
Muito me surpreendeu também o fato de personalidades como Caetano Veloso, Fernanda Montenegro, Pedro Bial e até mesmo Fernando Henrique Cardoso (sério, CHOQUEI!) terem topado participar de um filme tão queima-filme. Self-respect manda lembranças a estes digníssimos senhores e senhora.
Da mesma forma me surpreende a mídia encher a boca pra divulgar que 700 mil pessoas já assistiram quando, posso apostar um saquinho de balas 7Belo, que metade desses espectadores não gostou e um terço delas nem aguentou até o final. Na sessão que assisti, umas 10 pessoas saíram antes do fim (e não eram só velhinhas pudicas e senhores conservadores. Vi muito casal jovem abandonando a sessão no meio). Eu só fiquei até o fim porque sou guerreira e ainda esperava que fosse haver uma guinada melhorando aquela bostmba. É óbio que tal guinada não ocorreu. E olha que eu sempre consigo encontrar algum aspecto positivo nos filmes que assisto. Pra eu dizer que um filme é ruim de todo, é porque - podem acreditar - nada nele se salva MESMO. Concluí, então, que o Agamenon funciona melhor no papel do que na tela.

Pontos que merecem grande destaque são os grafismos presentes em diversos momentos do filme e os efeitos especiais alucinantemente bárbaros! É chato dizer isso porque meio que desqualifica tecnicamente nosso cinema, mas, posso falar? Nem parece filme nacional. Na minha humilde opinião, o filme está apto (e seria um forte candidato) a concorrer ao Oscar ou algum prêmio internacional ao lado de grandes produções estrangeiras.
E aí eu me pergunto: por que cargas d'água este filme não está sendo divulgado?? Por que, raios, está perdendo espaço para a trolha do Agamenon??? Será que é porque o roteirista e diretor Afonso Poyart era um sujeito desconhecido no universo cinematográfico ("2 Coelhos" foi seu primeiro longa-metragem), competindo contra Marcelo Madureira e Hubert, dois globais cheios de contatos? Ou será que é porque está sendo assumido que o povo brasileiro tem a profundidade intelectual de uma colher de chá e, assim, investir na publicidade de um pastelão que não tem nada a ser assimilado tratia mais retorno do que investir na publicidade de um filme que obriga pensar?
Alô, Brasil! Não dá pra se acomodar assim, né? Vamos parar com essa preguiça mental e prestar mais atenção no que vale a pena.
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